A Escola Estadual de Ensino Técnico – EETEPA Monte Alegre, está realizando um projeto piloto envolvendo aprendizagem coletiva para pesquisa, criação e prototipagem através de sucatas tecnológicas e a utilização de placas Arduino, que são placas programáveis baseadas em hardware e software livres, elas são fáceis de usar e inspirar a criatividade digital, exemplos de seus recursos é que são capazes de ativar motores de cd-rom, acender ou mudar a intensidade de uma luz de LED de um antigo mouse ou fazer um carrinho se mexer, isto e muito mais.
O Prof. Esp. Wandson Ramos, é o responsável por este projeto que está integrando o conhecimento de robótica nas aulas de eletrônica, já faz algum tempo que ele está tentando agregar as aulas tecnológicas com robótica no ensino médio profissionalizante, este ano, houve uma mudança na grade do Curso de Redes de Computadores da instituição. Está foi a oportunidade perfeita para inserir a Robótica nas aulas de eletrônica que estavam por vir, ele acredita, que para aprender eletrônica, não basta só conhecer a teória, tem que ter uma prática mais adequada para isso, é necessário criar um ambiente que leve a criatividade do aluno e tire ele da sua zona de conforto para algo mais dinâmico.
Para podermos iniciar essas aulas básicas de robótica, foi necessário conhecer os planos de aulas dos colegas discentes e pedir colaboração para chegarmos neste resultado, por exemplo, nas aulas anterior de Lógica de Programação da Profa. Yuko Mitsuya, o aluno teve a base do conhecimento da programação ou simplesmente “códigos” que controlam os computadores ou máquinas. O mundo já é dominado por computadores, e os mesmo são controlados por estes códigos, a partir daqui os alunos já compreenderam está parte e então fomos para disciplina de Eletrônica do Prof. Wandson na qual ele introduziu algo mais concreto para o uso desses códigos, pois como ele disse “temos que despertar neles as habilidades profissionais do século XXI que é chamado de Pensamento Computacional, que é um processo de pensamento que envolve a formulação de um problema e expressão de soluções de forma que um humano ou um computador, possa executá-las efetivamente”.
A escola sempre recebe doações de parceiros, muitos deles são de sucatas tecnológica, que vem sendo utilizando em aulas para uso em metarreciclagem e aprendizado de eletrônica básica. As peças que são retiradas das placas, como diodos, resistores, capacitores, fios e demais componentes serão usados em práticas tecnológicas.
Isto tudo é baseado no Projeto Aprender Fazer Fazendo que é um dos projetos criados pelo diretor Jaime Teles, o qual acredita que o conhecimento se conquista muitas vezes com práticas, sendo estas com aspectos que desenvolvam um profissional com expressão artística, verbal e com disposição para o trabalho colaborativo.
“Sucata TEC não é lixo, é Cultura Maker”
De acordo com o Prof. Wandson, “muitas escolas geralmente usam de recursos de ultima geração para o ensino da robótica na sala de aula, mas não temos como conseguir estes equipamentos, além de caros são de difícil acesso, como a nossa escola recebe a sucata tecnológica de empresas e pessoas, reaproveitamos o que temos para as aulas, como por exemplo, impressoras queimadas que são reaproveitadas os motores DC, monitores queimados fazemos a carcaça de vazo de plantas e os componentes usamos em aprendizagem, isso não é sucata é cultura Maker. Esperar que tudo chegue até nós é inútil, temos que ir atrás se queremos vencer na vida”.
“O movimento Maker é uma extensão da cultura Faça-Você-Mesmo, ou em inglês, Do-it-Yourself (ou simplesmente DIY). Esta cultura moderna tem em sua base a ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos.” Movimento Maker – Wikipédia, a enciclopédia livre |
Muito além do raciocínio lógico, da criatividade e do trabalho em equipe, este projeto da Robótica na educação pode ter reflexo em outras disciplinas, como física, inglês, matemática e etc. Além do mais, isso melhorar a autoestima dos alunos. Segundo a aluna Elisandra Dheimilly da turma do MedioTEC: “sempre sonhei em ter um carrinho de controle remoto, e vou ter essa oportunidade!”.
Foi feita uma divisão nas aulas, em algumas etapas:
A primeira etapa
Construção de um protótipo de carro ou tanque de guerra, os alunos puderam utilizar das sucatas tecnológicas que estavam no Laboratório de Redes de Computadores para conseguirem montar suas invenções. Abaixo as fotos dos alunos utilizando peças e imaginação.
A segunda etapa:
Foi feita a demonstração dos seus projetos, neste momento não é necessário estarem perfeitos, mas sim com acabamento e com capacidade de expansões. Eles ainda terão mais desenvolvimento e serão aprimorados para serem usados na ExpoEETEPA deste ano e para demais eventos.
Os projetos estão sendo apresentados abaixo pelos alunos, suas apresentações se faz da esquerda para direita.
Fotos dos alunos com seus respectivos projetos
Terceira Etapa:
Aprendendo a usar a protoboard, os alunos neste momento usarão a matriz de contato para terem melhor entendimento do funcionamento de LEDs, resistores, baterias, jumpers e demais componentes no mundo Makers.
Quarta Etapa:
Aprendendo a usar a Arduino, depois de aprenderem boa parte básica dos conceitos de componentes eletrônicos, ora de usar a programação junto com a eletrônica. O início da robótica.
Nas etapas seguintes, iremos utilizar o Arduíno nos projetos atuais e desenvolver novas Culturas Makers na escola.
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